sábado, 31 de janeiro de 2009

O BEM

O bem

O bem sabe esperar. Paciente, aguarda que a serralheria se esvazie dos homens que forjam grilhões. O bem é delicado. Frágil, precisa de proteção. Simples, não cobra cuidados.
O bem vive na alça mais escondida da alma, na alcova do afeto. Nasce na medula do espírito. Para sobreviver, não precisa das estruturas do poder. Dissolve-se em água salgada. Discreto, não carece de luz, como as mariposas.
O bem corteja. Atrai por suas insinuações. Seduz nas mãos delicadas da fisioterapeuta que exercita o ancião, no rosto da assistente social que pesa a criança subnutrida, no esforço do volutário que distribui cobertor para o exilado da enchente. O bem desce no conta gotas do sangue doado. Sua verdade pode ser atestada pelo empenho do médico norueguês que mora na Faixa de Gaza. É visto na disposição do jovem que marcha pela paz, mesmo quando o frio congelava a ponta do nariz e bombas de gás lacrimogênio o fazem prantear.
O bem escapou no pelourinho e há de resistir o perene massacre dos poderosos. Quando as cortinas do ódio o encobrem, meninos e meninas o encarnam. Os poetas enaltecem o bem. Celebrado nas catedrais e experimentado nos bordéis, é ao mesmo tempo humano e divino, angelical e terreno.


Ricardo Gondim





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Adimiro este ser humano, pensa e fala sempre sem temores. O mundo seria melhor se pensassemos e em verdade falassemos sem deixar de lado o amor e o respeito. Oxalá!

INVISIBILIDADE SOCIAL

Teste de mestrado - "invisibilidade social"


"Fingi ser gari 8 anos. Vivi como invisível"

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Comprovou que as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado, vira sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.


O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade. Constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são invisíveis. Em sua tese, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade', uma percepção humana condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se a função e não a pessoa.


Braga trabalhava meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
"Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, significa um sopro de vida".


O psicólogo sentiu na pele o que é ser objeto e não humano.

"Professores que me abraçavam passavam, não me reconheciam por causa do uniforme.
Esbarravam no meu ombro, sem pedir desculpas. Ignorando-me, como se fosse um poste.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma. Não tinha caneca. Havia um clima estranho. Os garis mal conversavam comigo. Alguns ensinavam o serviço. Um deles foi ao latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante. Cortou-as pela metade e serviu o café, na latinha suja. E como estávamos num grupo grande, esperei se servirem primeiro. Nunca apreciei o sabor do café. Mas, senti que deveria tomá-lo, não livre de sensações ruins. Afinal, as latinhas foram tiradas dentro da lixeira. Quando empunhei a caneca, todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E bebi. A ansiedade evaporou-se. Passaram a conversar comigo, contar piada, brincar.

O que sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro. Passei pelo térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, na biblioteca, desci escada, passei no centro acadêmico,lanchonete, tinha muita gente conhecida. Fiz todo trajeto e ninguém me viu. Tive uma sensação ruim. Meu corpo tremia. Não o dominava. Uma angustia, e a tampa da cabeça ardia. Fui almoçar. Não senti o gosto da comida e voltei ao trabalho atordoado.


Depois de oito anos como gari? Isso mudou?

Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações insaudáveis. Quando via meu professor se aproximando, até parava de varrer. Ele passaria, poderia trocar uma idéia, mas passava como se eu fosse um poste, uma árvore, um orelhão.

Na volta para casa, no mundo real, choro. É triste. A partir do instante que você está inserido nessa condição, não se esquece jamais. Essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.

Esses homens hoje são meus amigos. Conheço suas famílias, freqüento-as. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão dele saber que existe. São tratados pior que um animal doméstico, que é chamado pelo nome.


*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: ao "próximo"

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Como é triste saber que existem pessoas que não se importam com seus semelhantes, por ter uma vida social diferente, alguns míseros milhões na conta que não os levará quando descerem a cova. Até porque resultados não são o indicador verdadeiro de aprovação, quem tem muito só acumulou pela exploração do semelhante. E essa gente não pode ser exemplo pra ninguém, exemplo só dá quem respeita, mostra amor, compartilha, pois o Maior Mestre que por aqui viveu disse: Quem fizer a um dos pequeninos a Mim fizeste.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

É PROIBIDO PENSAR

É PROIBIDO PENSAR - Letra e Música de João Alexandre

Procuro alguém pra resolver meu problema,
Pois não consigo me encaixar nesse esquema,
São sempre variações do mesmo tema,
Meras repetições...

A extravagância vem de todos os lados,
E faz chover profetas apaixonados,
Morrendo em pé,rompendo em fé dos cansados…
Que ouvem suas canções…

Estar de bem com a vida
É muito mais que renascer…
Deus já me deu sua palavra
E é por ela que eu ainda guio meu viver!

Reconstruindo o que Jesus derrubou...
Recosturando o véu que a cruz já rasgou...
Ressuscitando a lei, pisando na graça,
Negociando com deus!
No show da fé milagre é tão natural,
Que até pregar com a mesma voz é normal..

Nesse evangeliques universal
Se apossando dos céus…
Estão distantes do trono,
Caçadores de deus ao som de um shofar.

E mais um ídolo importado
Dita as regras para nos escravizar:
É proibido pensar!!!
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Esta música tem sido motivo de muita polêmica em toda internet.
já diz um velho adágio: "A verdade dói!"

AMOR














AMOR  Miranda

O mais puído dos sentimentos,
A mais sugestiva das palavras, emoções!

Muda a vida, incide, seja qual for à fase vivida
Trás cores, cheiros e sons.
Desfaz a dor, o rancor, dissabor, alenta a vida
Irradia luz, melodiosos tons.

Reacende a esperança semi-apagada
Realça o brilho no horizonte, aprazível!

Ruínas, monturo, onde só tinha escombros,
Agora castelos e jardins.
Quando ao passar não notava, vejo, ouço
Há pomares, pássaros a cantarolar.

É difícil identificar a chegada do amor,
Só sei que ele mora em nosso peito!
Sabe-se lá como... é amor!
 

EU CREIO!

O que devo fazer agora que começo, a saber, a conhecer e a crer no Evangelho?Digamos, a pessoa tem anos e anos na “igreja” (prédio), até liderou, mas está conhecendo a Palavra agora.
Viveu a vida da figueira espalhafatosa, anunciou muito sem ter nada.
É preciso viver somente o evangelho de Jesus, quem conheceu e creu não vive mais como farizeu. Até porque alguém só pode dizer que conhece e que crer no Evangelho, se realmente tiver a experiência interior do amor de Deus, da graça e do perdão de Deus, ou então poderá conhecer simplesmente doutrinas de homens, textos da Escritura para citá-los, muitos dogmas e estereótipos de discípulo; porém, nada mais que isso. Nada mesmo!
Deve-se transmitir o evangelho com a própria vida, como Jesus o fez. Haverá os momentos da pregação, do sermão! Mas na grande maioria das oportunidades que tivermos devemos falar o Evangelho sem querer forçar nada, como diria Milton Nascimento: Caminhando e cantando e seguindo a canção... Acaba fluindo naturalmente, como quem anda!

Deve-se andar sem querer ser reconhecido por meros modismos ou trejeitos, somente devemos ser reconhecidos por ser quem somos já que este amor de Deus exala o bom cheiro para o mundo, não em performance, e, sim na vida, indo sendo simplesmente humano que lida com o divino assim como lida com o humano. Pois Cristo é o Emanuel!
Nunca se deve perder tempo com os religiosos, de qual religião quer que seja, pois gostam simplesmente de meras disputas, exatamente para tentar mostrar qual a melhor religião. Se quiserem um encontro, nada melhor que o evangelho, esse sim muda a vida.
Jamais podemos nos isolar, todos precisam de um grupo para reunião e discussão do evangelho, somente assim passamos a conhecer as pessoas e vice-versa é onde surgirá oportunidade de ser benção e abençoado. Na “igreja” (prédios) há liturgias a serem seguidas que acabam por consumir o tempo e as pessoas não podem compartilhar os problemas, enfim não podemos dar nome a isso de igreja. É sendo igreja que se descobre o quanto ainda se tem por caminhar, sendo igreja descobre-se que ainda não estamos prontos e o quanto precisamos crescer, em amor, maturidade, comunhão, porque a santidade que tanto se busca nada mais é que estereótipos e pra nada serve.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

FORUM SOCIAL MUNDIAL

FORUM SOCIAL MUNDIAL

Belém, PA, abrigou, de 27 de janeiro a 1o de fevereiro, a nova edição do Fórum Social Mundial (FSM). Uma caminhada pelo centro de Belém - PA, (27), debaixo de muita chuva, marcou a abertura do 9º Fórum Social Mundial. Mais de 100 mil pessoas, procedentes de 150 países, estão participando do evento que debaterá, entre outros, os seguintes temas: a crise econômica mundial, as mudanças climáticas e as alternativas ao atual modelo de desenvolvimento.

Durante os seis dias do fórum, serão realizadas mais de 2400 atividades (plenárias, conferências, palestras, oficinas, eventos esportivos e culturais) sobre diferentes questões sociais, políticas, econômicas, culturais, religiosas, ecológicas etc.

Três grandes temas deverão dominar os debates: a preservação ambiental, sobretudo por ter como cenário a Amazônia, onde o desmatamento e a emissão de gás carbônico têm crescido; a crise do capitalismo globalizado; a guerra no Oriente Médio.

Entidades participantes convidaram os presidentes do Brasil, da Venezuela, do Equador, da Bolívia e do Paraguai. Se comparecerem, será em caráter pessoal.
Reza a Carta de Princípios do FSM que se trata de um evento destinado aos movimentos da sociedade civil contrários ao neoliberalismo e a qualquer forma de imperialismo, e comprometidos com a construção de uma sociedade planetária orientada a uma relação de sustentabilidade entre os seres humanos e a Terra.

Por almejar "o outro mundo possível", os participantes se empenham em conquistar uma globalização solidária que respeite os direitos humanos universais e o meio ambiente, apoiada em sistemas e instituições democráticas a serviço da justiça social, da igualdade e da soberania dos povos.
Tribuna livre e apartidária, não governamental nem confessional, o FSM não tem caráter deliberativo. Embora funcione como instância articuladora, não nutre a pretensão de ser um espaço de representatividade da sociedade civil mundial. Nele há plena diversidade de gêneros, etnias, culturas e gerações.
Espera-se que, do debate democrático no FSM, surjam propostas para resolver os problemas de exclusão e desigualdade social que o processo de globalização capitalista, com suas dimensões racistas, sexistas e destruidoras da natureza, impõe à maioria da humanidade.

Na caminhada que abriu o fórum reuniu várias histórias de pessoas que, em suas associações, comunidades, institutos, ongs e movimentos, trabalham pela garantia de seus direitos.

Construir juntos é a palavra de ordem neste Fórum, que segundo a organização contará com a presença de mais de 100 mil pessoas. Estão previstas mais de 2.000 atividades autogestionadas, coordenadas por uma infinidade de organizações, movimentos, ONGs e instituições.

O 9º FSM acontece num contexto de várias crises, na economia, meio-ambiente, cultura e política. Outros diriam, em uma crise do modelo de civilização, dada a gravidade do contexto em que nos encontramos. É diante desta realidade, que o Fórum transforma-se num encontro daqueles que acreditam que a mudança é possível e que ela só pode se concretizar com a participação de toda a sociedade.

Lá está dando sua contribuição o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

INFORMATIVO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Artigo 1º - Todos os brasileiros são iguais perante a lei, exceto:


a - Os componentes do poder judiciário, por serem os "pilares da democracia";


b - Os políticos, por terem imunidade parlamentar;


c - Os militares, por serem responsáveis pela segurança da nação;


d - os banqueiros, porque são banqueiros;


e - os donos de rádio, TV e jornais, que colaboram diariamente para o fiel cumprimento desta lei, omitindo fatos que poderiam levar o resto do povo à revolta;


Artigo 2º - Caberá aos brasileiros, salvo as exceções previstas no artigo anterior:


a - pagar seus impostos federais, estaduais e municipais, sob pena de prisão;


b - obedecer as leis, leis estas elaboradas e aprovadas pelas pessoas inclusas no artigo 1º;


c - agradecer, toda manhã, o pão de cada dia, a escola pública "de graça", o atendimento hospitalar fornecido pelo poder público, o transporte público, a água e a luz, desde que não se atrase os respectivos pagamentos, sendo que o uso de telefone fica transferido para a iniciativa privada, devendo a mesma estipular os seus regulamentos;


d - Não se sentir ofendido quando um Ministro Juiz do Supremo Tribunal Federal for à TV dizer ao povo, que vive com um salário mínimo de R$240,00, que o salário dos juízes, que hoje ultrapassa os R$18.000,00 é insuficiente para sua subsistência, requerendo um abono de 20 salários mínimos a título de ajuda de moradia, moradia esta que, por sinal, eles já tem.


Revoga-se a lei natural da REVOLTA E DA INDIGNAÇÃO, objetivando manter as categorias previstas no artigo 1º eternamente como os supremo mandatários do país.


ESTA LEI ENTRA EM VIGÊNCIA NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO, E TEM VALIDADE ATÉ QUE O POVO, NÃO INCLUSO NO ARTIGO 1º, ABRA OS OLHOS E VEJA COMO FUNCIONA TODA A PATIFARIA.

MEU PAÍS

BRASIL BELEZAS MIL!

BRASIL COMO ÉS TÃO RICO, OH MEU PAÍS...
QUANTA BELEZA ÉS VARONIL, MUITA RIQUEZA NATURAL, TENS GENTE COMO TENS NASCENTES MIL...
TENS OURO, MAIS TENS MUITO MAIS TESOUROS, OH MEU BRASIL!


MEU BRASIL, AH SE TIVESSE SÓ UM AMOR...
NÃO TERIAS TANTO DESSABOR, TERRA DE TANTOS CARNAVAIS, TENS TANTA GENTE INTERESSANTE, POREM SÃO TANTOS VENDAVAIS, TENS MUITO TENS ATÉ DEMAIS, SEMPRE QUERENDO PAZ, OH MEU BRASIL!


TERRA DE MUITOS ANIMAIS, OUTROS NEM EXISTEM MAIS....
TENS UM CONGRESSO NACIONAL, AINDA ASSIM VAI MUITO MAL,
TEU POVO NÃO QUER MAIS ESMOLA, SABE ENSINAR ÉS UMA ESCOLA,
SEI QUE VIVES A CHORAR, AINDA BEM QUE SABES AMAR, OH MEU BRASIL!


PAIS DE TANTA GENTE ILUSTRE CHEGAM ATÉ SEREM RUDES...
OLHE TUA GENTE É BRASILEIRA, AINDA QUE SOFRA É HOSPITALEIRA,
SAIBA TUA GENTE É PACÍFICA, OLHE QUANTA INJUSTIÇA!
SEI QUE TENTAS AMENIZAR AO SE CALAR OH MEU BRASIL!


TENS ÁGUAS CLARAS TRASPARENTES, MAS JOGAM TANTOS POLUÊNTES...
AINDA ASSIM ÉS DIFERENTE, TEU BRILHO É MUITO MAIS INTENSO,
TENS FAVELAS, CASAS, PALACETES, UNS COM FOME OUTROS EM BANQUETES, SEI QUE NÃO TENS CULPA GRANDE É A TUA LUTA, OH MEU BRASIL!


TEU PENDÃO TEM VERDE, UM LINDO AMARELO...
ILUSTRANDO A FLORESTA E OURO DESSA TERRA FÉRTIL?
TÁMBÉM TEM O BRANCO, TEM O AZUL ANIL SEM PAR
PEDINDO PAZ TAMBÉM AO CÉU E MAR? OH MEU BRASIL!

Como será o futuro do nosso país, que faremos para mudar e deixa-lo melhor?!

QUANTA INCERTEZA

DÚBIO

CONVIVER COM O DÚBIO E SEGUIR
ALTERANDO EMOÇÕES, TRAZENDO MEDO
CIRCUNSTÂNCIAS TERRÍVEIS HÁ DE SURGIR

INCERTEZAS ABISSAIS, NESSE ESTADO DE COISAS
ATÉ OS AMORES INSTÁVEIS, ROMANCES QUIÇÁ
TUDO PARECE TRISTE, VEJA A DISCREPÂNCIA SOCIAL

ESTE É O SINAL QUE O TEMPO PEDE MUDANÇA
MÃES QUE DÃO UM FIM AO SEU PRÓPRIO FETO
OU NÃO MAIS CONSEGUIREMOS DEMONSTRAR AFETO?

QUE FUTURO HAVERÁ PARA AS NOSSAS CRIANÇAS
PÁTRIA QUE AOS SEUS FILHOS DEVERIA SER AMADA
MAS, OS SENHORES DA PÁTRIA ARMADA OS MATAM
A JUSTIÇA QUE DE VELHA SE APOSENTA
OBSERVA DA CADEIRA QUE A EMBALA SEM AÇÃO
SÓ ALIMENTA NO MEU POVO A CERTEZA DA REVOLUÇÃO!

Mesmo diante de tanta incerteza, inpotência e desdém de muitos, precisamos buscar ações, já conhecemos o caminho, mas não se vence uma guerra sozinho. Diz o adágio: "uma só andorinha não faz verão". Vamos! mude, mas mude primeiro em você e outros verão e outros virão e assim decretaremos o que queremos.

MEU AMOR


VOCÊ

NÃO HÁ COMO NÃO LEMBRAR VOCÊ
SE TUDO ME LEMBRA NÃO TE ESQUECER
NO VENTO, NA CHUVA EM QUALQUER TEMPO
NÃO HÁ MAU TEMPO, O AMOR É ATENTO

SEI NASCI PRA TE AMAR
SEI O TEMPO NÃO VAI APAGAR
AGORA VOU CONTIGO CONSTRUIR
UM LINDO CASTELO DE AMOR

DEUS FEZ-NOS UM PRO OUTRO
É VOCÊ O MEU MAIOR TESOURO
VAMOS JUNTOS VIVER ESTE SONHO
EM NOSSO LINDO CASTELO DE AMOR


Sempre escrevendo algo, jamais sem deixar de falar do meu amor!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

SERÁ VERDADE A MINHA VERDADE?


SERÁ VERDADE A MINHA VERDADE?

É sempre impressionante observar como boa parte do que acontece entre pessoas que se desentendem, é fruto de um mar de subjetividades, de habitantes dos ambientes interiores produzidos pela insegurança.

Os habitantes desses ambientes são: a auto-imagem negativa ou seu extremo narcisista; os complexos de inferioridade herdados na cultura familiar ou regional; os choques éticos e psicológicos da cultura de cada um; e, sobretudo, tais ambientes são mobiliados com as mobílias da amargura, do ressentimento e dos sentimentos de injustiça, presentes ou passados, provocados ou não pelo atual objeto do desencontro.

Na realidade é cada vez mais fácil brigar nesta geração machucada e altamente psicologizada!

Todo mundo “analisa” todo mundo, e, no fim, todos se separam pelo que não é, pois, raramente aquele que “analisa” faz qualquer coisa além de apenas apresentar suas projeções, transferências ou criações perversas do outro, sempre fundadas nas razões da magoas ou dos ressentimentos.

Não que objetivamente as pessoas não se ofendam e nem se machuquem. Porém, na maior parte das vezes, até as ofensas objetivas são provocadas por subjetividades que se misturam profundamente com a confusão de julgamento que o ofendido assume como realidade acerca do outro.

Quando Jesus manda perdoar sempre, o tempo todo, Ele nos oferecia a possibilidade de não olhar o outro com um olhar que se torna apenas uma projeção da construção mista que fazemos; misturando o outro, com seus erros, com nós mesmos, e nossas subjetividades complexas e emocionalizadas; possuindo nós, em tal caso, pouca ou quase nenhuma objetividade no olhar e no discernir.

No fim, de fato, quase nada é ofensa para quem decidiu não deixar que o outro seja a lente de seu olhar na existência.

Caio

Lendo este texto do Caio, não há como não concordar, pois nos pegamos na maioria das vezes julgando o indivíduo, rotulando ao invés de debruçarmos sobre o perdão como forma de exercício, porque geralmente associamos as pessoas aquilo que elas fizeram ou achamos que fizeram, é! sempre é assim se o cara mentiu o tachamos de mentiroso, se prostituiu o chamamos de adúltero, etc. Daí anulamos a Graça em nossas vidas, pois assim agindo estamos dizendo que não cremos no poder da regeneração que Cristo o tempo inteiro exercitava, mesmo frente a uma mulher "pecadora" ou prostituta. Portanto estas crises são sempre nossas, nosso Senhor não terá nenhum problema em perdoar quem se debruça sobre o perdão mesmo tendo cometido qualquer que seja o delito!

Como disse o P.J. ontem no Sermão o perdão precisa tornar-se um exercício, como se fossemos diariamente a uma academia.

QUE PAÍS É ESSE?!


Artigo QUE PAÍS É ESSE?!



O Brasil teve o maior índice de crescimento mundial no século XX. No entanto, isso não se traduziu em redução das desigualdades sociais. Pelo contrário, elas aumentaram, transformando as grandes e as médias cidades brasileiras em áreas de grande instabilidade social.
Em dois anos, meio milhão de brasileiros deverão estar atrás das grades. Mantendo-se a tendência atual, seria preciso construir um novo presídio a cada 15 dias. Ao mesmo tempo, o Brasil possui a segunda maior frota de helicópteros particulares do mundo. Onde isso vai dar?
O crescimento da desigualdade social nas últimas décadas e a escandalosa concentração de renda no país compõem um cenário
de profunda violência institucional e não-institucional. O convívio da opulência e do luxo, de um lado, e da miséria, de outro, já fez acender o sinal vermelho há um bom tempo. Mas permanecemos, em boa medida, cegos, surdos e mudos.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibcecrim), de São Paulo, em dois anos, meio milhão de brasileiros estarão atrás das grades. Hoje esse número é de aproximadamente 340 mil. De acordo com essa tendência, e conforme as normas das organizações internacionais de direitos humanos que sugerem um máximo de 500 pessoas por presídio, seria necessário construir um novo presídio a cada 15 dias.
Em seu livro Guerra civil: Estado e trauma, o jornalista Luís Mir escreve:
“O Estado brasileiro optou pela guerra civil, uma guerra dolorosa que empilha cadáveres com frieza nazista e fúria primitiva. As vítimas desta guerra são os pobres, que vivem em permanente estado de tensão e terror. As mortes desta guerra chegam a 150 mil por ano e elas custam, para o Estado, metade do que o país gasta com saúde”3.
O problema é que a quase totalidade dessas mortes não tem qualquer repercussão na mídia. Ninguém fica sabendo nada sobre elas. O nome das vítimas, o que faziam, o que suas famílias (aqueles que ainda tinham) sentiram e sofreram, quais foram os projetos de vida interrompidos; todas essas informações cairão para sempre no esquecimento; é como se todas essas histórias de vida nunca tivessem existido.
Se não for por outra razão, pode-se argumentar com esses sentimentos e posições a favor da pena de morte e do extermínio, do ponto de vista de sua eficácia. Seus defensores pregam tais práticas como solução para o problema da criminalidade. Mas estariam dispostos a assumir as conseqüências de tais posições? Estariam dispostos a apoiar a matança generalizada de todos os criminosos e presidiários do país? E de todos os futuros violadores da lei? Em que isso resultaria mesmo para a sociedade? A defesa dessas teses equivale a declarar uma guerra contra milhares de pessoas, a esmagadora maioria delas oriunda dos estratos mais pobres da população. Afinal de contas, quem superlota os diaripresídios brasileiros? E quem declararia essa guerra? O Estado brasileiro? Este Estado que tem uma dívida histórica para com seu povo e para com o que estabelece a Constituição do país?
“O Brasil possui o quinto maior território do mundo, a décima população e está entre os dez maiores PIBs do mundo. Só três países têm essas características:
Estados Unidos, China e Brasil”

Segundo Luseni Aquino, a desigualdade social está entre as maiores causas da violência entre jovens no Brasil, especialmente na faixa entre 15 e 24 anos. As pesquisadoras defendem que a violência cometida por jovens socialmente desfavorecidos não é causada apenas por necessidades materiais, mas também por sentimentos de injustiça e ausência de reconhecimento social. Esses fatores são potencializados pela convivência com pessoas e ambientes que estão no extremo oposto, o da inclusão social e do reconhecimento. Além da privação material, defendem as pesquisadoras, esses jovens enfrentam também o problema da exclusão social por não corresponderem aos padrões valorizados pela sociedade (pessoas brancas, bem vestidas, escolarizadas, trabalhadores com carteira assinada). Some-se a isso o bombardeio publicitário e midiático que estimula as pessoas a consumir e a desfrutar dos prazeres e comodidades da sociedade moderna.


CIRURGIA DE LIPOASPIRAÇÃO

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar nem apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de policia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro. A que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importa os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
“Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.”

MUDAR O MUNDO

NOSSA DISPOSIÇÃO PARA MUDAR O MUNDO

É só o que ouvimos nestes dias gente se inscrevendo para salvar o mundo, religiosos, políticos e capitalistas, mas sempre pedindo a nossa contribuição!

A pergunta é porque salvá-lo? Se há que salvá-lo, alguém o estragou! Vamos então identificá-los assim a ação poderá ser mais concreta.

Diria que somos todos culpados, estamos todos municiando o inimigo quando não buscamos ações concretas.

Encontramos com facilidade os causadores dos problemas, é só ouvir alguém que fora afetado que já se dá nome aos bois.

Os maus políticos que só buscam enriquecer,
Os lideres religiosos que manipulam os fiéis,
Os capitalistas que só querem deixar o proletariado mais miserável.

Há então a pergunta que não quer calar? Quem deu legitimidade a estes corruptos, tomaram a força ou entregamos?

Quando fechamos os olhos e votamos em quem pagou pelo voto!
Quando passamos a confiar cegamente nos vendilhões do templo, pensando serem representantes de Deus!
Quando caímos no conto de quem quer sempre mais lucro ao falar comovido que todos têm que ajudar a sair da crise, até que o bolo cresça para repartir!

Simplesmente ouvimos atentos apontarem o causador do problema, mas nós só teremos que dar uma pequena contribuição para salvarmos o mundo.

Entendimento histórico em nome daqueles que fazem o bolo crescer sem sequer saber qual o sabor que ele tem!

Aprendemos que não podemos causar desordem indo protestar, pois na nossa flâmula tem um “ordem e progresso” é só esperar que nossos políticos darão um jeito, o que é que agente pode fazer! ( Né ).

Ensinaram-nos que é só pedir a Deus, fazer umas orações fortes, fazer umas correntes e tudo vai se resolver, afinal não somos deste mundo mesmo! ( ETs ).

Disseram-nos que estamos todos no mesmo barco é só sermos flexíveis, vão tirar só um pouquinho do nosso direito! ( Já temos demais ).

Difícil é sair da comodidade e dar a contribuição necessária à mudança de rumo.

É mais fácil aos domingos assistir um monte de bobalhões nos entreterem que nos unirmos para a mudança que realmente nos interessa.

Onde está nossa disposição para mudar o mundo, ou assistiremos fazerem eternas escolhas em nome do povo.
Karl Marx
Biografia deste importante pensador do século XIX, marxismo, crítica ao capitalismo, livro O Capital, Manifesto Comunista, Engels, socialismo e comunismo, análise econômica da forma de produção capitalista, Lênin, vida no exílio.

Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx e foi um dos seguidores das idéias de Hegel.
Este filósofo alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Segundo este economista, o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo.
Este notável personagem histórico faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética, utilizou as idéias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua liderança, foi renomeado para marxismo-leninismo. Contudo, alguns marxistas discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo.
Até hoje, as idéias marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e cientistas sociais que, independente de aceitarem ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a idéia de que para se compreender uma sociedade deve-se entender primeiramente sua forma de produção.
Traços biográficos:
Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.
Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.
Primeiros trabalhos:
Entre os primeiros trabalhos de Marx, foi antigamente considerado como o mais importante o artigo Sobre a crítica da Filosofia do direito de Hegel, em 1844, primeiro esboço da interpretação materialista da dialética hegeliana. Só em 1932 foram descobertos e editados em Moscou os Manuscritos Econômico-Filosóficos, redigidos em 1844 e deixa-os inacabados. É o esboço de um socialismo humanista, que se preocupa principalmente com a alienação do homem; sobre a compatibilidade ou não deste humanismo com o marxismo posterior, a discussão não está encerrada. Em 1888 publicou Engels as Teses sobre Feuerbach, redigidas por Marx em 1845, rejeitando o materialismo teórico e reivindicando uma filosofia que, em vez de só interpretar o mundo, também o modificaria.
Marx e Engels escreveram juntos em 1845 A Sagrada Família, contra o hegeliano Bruno Bauer e seus irmãos. Também foi obra comum A Ideologia alemã (1845-46), que por motivo de censura não pôde ser publicada (edição completa só em 1932); é a exposição da filosofia marxista. Marx sozinho escreveu A Miséria da Filosofia (1847), a polêmica veemente contra o anarquista francês Proudhon. A última obra comum de Marx e Engels foi em 1847 O Manifesto Comunista, breve resumo do materialismo histórico e apelo à revolução.
O 18 Brumário de Luís Bonaparte foi publicado em 1852 em jornais e em 1869 como livro. É a primeira interpretação de um acontecimento histórico no caso o golpe de Estado de Napoleão III, pela teoria do materialismo histórico. Entre os escritos seguintes de Marx Sobre a crítica da economia política em 1859 é, embora breve, também uma crítica da civilização moderna, escrito de transição entre o manuscrito de 1844 e as obras posteriores. A significação dessa posição só foi esclarecida pela publicação (em Moscou, 1939-41, e em Berlim, 1953) de mais uma obra inédita: Esboço de crítica da economia política, escritos em Londres entre 1851 e 1858 e depois deixados sem acabamento final.
Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O Capital. É um livro principalmente econômico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumulação do capital etc. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).
A FILOSOFIA DE MARX
MATERIALISMO DIALÉTICO
Baseado em Demócrito e Epicuro sobre o materialismo e em Heráclito sobre a dialética (do grego, dois logos, duas opiniões divergentes), Marx defende o materialismo dialético, tentando superar o pensamento de Hegel e Feuerbach.
A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a idéia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a "verdade" dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social. Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.
Ludwig Feuerbach procurou introduzir a dialética materialista, combatendo a doutrina hegeliana, que, a par de seu método revolucionário concluía por uma doutrina eminentemente conservadora. Da crítica à dialética idealista, partiu Feuerbach à crítica da Religião e da essência do cristianismo.
Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o homem seria Deus para o homem.
Adotando a dialética hegeliana, Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha identificado, no dizer de Radbruch, o ser e o dever-ser (o Sen e o Solene) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo no dever-ser o aspecto determinante e no ser o aspecto determinado dessa unidade.
A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições, identidade: "a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente (isto é, vir-a-ser) idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior.
Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (Lei da ação recíproca e da conexão universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante); as mudanças qualitativas são conseqüências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).
MATERIALISMO HISTÓRICO
Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:
As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.
Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.
EXISTENCIALISMO
"O que Marx mais critica é a questão de como compreender o que é o homem. Não é o ter consciência (ser racional), nem tampouco ser um animal político, que confere ao homem sua singularidade, mas ser capaz de produzir suas condições de existência, tanto material quanto ideal, que diferencia o homem."
A essência do homem é não ter essência, a essência do homem é algo que ele próprio constrói, ou seja, a História. "A existência precede a essência"; nenhum ser humano nasce pronto, mas o homem é, em sua essência, produto do meio em que vive, que é construído a partir de suas relações sociais em que cada pessoa se encontra. Assim como o homem produz o seu próprio ambiente, por outro lado, esta produção da condição de existência não é livremente escolhida, mas sim, previamente determinada. O homem pode fazer a sua História mas não pode fazer nas condições por ele escolhidas. O homem é historicamente determinado pelas condições, logo é responsável por todos os seus atos, pois ele é livre para escolher. Logo todas as teorias de Marx estão fundamentadas naquilo que é o homem, ou seja, o que é a sua existência. O Homem é condenado a ser livre.
As relações sociais do homem são tidas pelas relações que o homem mantém com a natureza, onde desenvolve suas práticas, ou seja, o homem se constitui a partir de seu próprio trabalho, e sua sociedade se constitui a partir de suas condições materiais de produção, que dependem de fatores naturais (clima, biologia, geografia...) ou seja, relação homem-Natureza, assim como da divisão social do trabalho, sua cultura. Logo, também há a relação homem-Natureza-Cultura.
POLÍTICA E ECONOMIA
Se analisarmos o contexto histórico do homem, nos primórdios, perceberemos que havia um espírito de coletivismo: todos compartilhavam da mesma terra, não havia propriedade privada; até a caça era compartilhada por todos. As pessoas que estavam inseridas nesta comunidade sempre se preocupavam umas com as outras, em prover as necessidades uns dos outros. Mas com o passar do tempo, o homem, com suas descobertas territoriais, acabou tornando inevitável as colonizações e, portanto, o escravismo, por causa de sua ambição. O escravo servia exclusivamente ao seu senhor, produzia para ele e o seu viver era em função dele.
O coletivismo dos índios acabou; e o escravismo se transformou numa nova relação: agora o escravo trabalhava menos para seu senhor, e por seu trabalho conquistava um pedaço de terra para sua subsistência, ou seja, o servo trabalhava alguns dias da semana para seu senhor e outros para si. O feudalismo, então, começava a ser implantado e difundido em todo o território europeu. Esta relação servo-senhor feudal funcionou durante um certo período na história da humanidade, mas, por causa de uma série de fatores e acontecimentos, entre eles o aumento populacional, as condições de comércio (surgia a chance do servo obter capital através de sua produção excessiva), o capitalismo mercantilista, o feudalismo decaiu; e assim, deu espaço a um novo sistema econômico: o capitalismo industrial (que teve seu desenvolvimento por culminar durante a revolução industrial, com o surgimento da classe proletária). Assim, deve-se citar a economia inglesa como ponto de partida para as teorias marxistas.
Como todo sistema tem seu período de crise, ocasionando uma necessidade de mudança, Adam Smith (o primeiro a incorporar ao trabalho a idéia de riqueza) desenvolve o liberalismo econômico.
Do latim liberalis, que significa benfeitor, generoso, tem seu sentido político em oposição ao absolutismo monárquico. Os seus principais ideais eram: o Estado devia obedecer ao princípio da separação de poderes (executivo, legislativo e judiciário); o regime seria representativo e parlamentar; o Estado se submeteria ao direito, que garantiria ao indivíduo direitos e liberdades inalienáveis, especialmente o direito de propriedades. E foi isto que fez com que cada sistema fosse modificado.
Sobretudo também deve-se mencionar David Ricardo, que, mais interessado no estudo da distribuição do que produção das riquezas, estabeleceu, com base em Malthus, a lei da renda fundiária(agrária), segundo a qual os produtos das terras férteis são produzidos a custo menor mas vendidos ao mesmo preço dos demais, propiciando a seus proprietários uma renda fundiária igual à diferença dos custos de produção. A partir da teoria da renda fundiária, Ricardo elaborou a lei do preço natural dos salários, sempre regulada pelo preço da alimentação, vestuário e outros itens indispensáveis à manutenção do operário e seus dependentes.
Pois, como foi dito anteriormente, com a Revolução Industrial surgiu a classe do proletariado.
A LUTA DE CLASSES
Pretendendo caracterizar não apenas uma visão econômica da história, mas também uma visão histórica da economia, a teoria marxista também procura explicar a evolução das relações econômicas nas sociedades humanas ao longo do processo histórico. Haveria, segundo a concepção marxista, uma permanente dialética das forças entre poderosos e fracos, opressores e oprimidos, a história da humanidade seria constituída por uma permanente luta de classes, como deixa bem claro a primeira frase do primeiro capítulo d’O Manifesto Comunista:
A história de toda sociedade passado é a história da luta de classes.
Classes essas que, para Engels são "os produtos das relações econômicas de sua época". Assim apesar das diversidades aparentes, escravidão, servidão e capitalismo seriam essencialmente etapas sucessivas de um processo único. A base da sociedade é a produção econômica. Sobre esta base econômica se ergue uma superestrutura, um estado e as idéias econômicas, sociais, políticas, morais, filosóficas e artísticas. Marx queria a inversão da pirâmide social, ou seja, pondo no poder a maioria, os proletários, que seria a única força capaz de destruir a sociedade capitalista e construir uma nova sociedade, socialista.
Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, as idéias que eles têm do mundo e da sociedade seriam as mesmas idéias que a burguesia espalha. O capitalismo seria atingido por crises econômicas porque ele se tornou o impedimento para o desenvolvimento das forças produtivas. Seria um absurdo que a humanidade inteira se dedica-se a trabalhar e a produzir subordinada a um punhado de grandes empresários. A economia do futuro que associaria todos os homens e povos do planeta, só poderia ser uma produção controlada por todos os homens e povos. Para Marx, quanto mais o mundo se unifica economicamente mais ele necessita de socialismo.
Não basta existir uma crise econômica para que haja uma revolução. O que é decisivo são as ações das classes sociais que, para Marx e Engels, em todas as sociedades em que a propriedade é privada existem lutas de classes (senhores x escravos, nobres feudais x servos, burgueses x proletariados). A luta do proletariado do capitalismo não deveria se limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também ser a luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido como luta política pela tomada do poder. Neste campo, o proletariado deveria contar com uma arma fundamental, o partido político, o partido político revolucionário que tivesse uma estrutura democrática e que buscasse educar os trabalhadores e levá-los a se organizar para tomar o poder por meio de uma revolução socialista.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores, ou seja, o capitalismo, de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.
A força vendida pelo operário ao patrão vai ser utilizada não durante 6 horas, mas durante 8, 10, 12 ou mais horas. A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende o resultado (10 horas por exemplo). Desse modo, quanto menor o preço pago ao operário e quanto maior a duração da jornada de trabalho, tanto maior o lucro empresarial. No capitalismo moderno, com a redução progressiva da jornada de trabalho, o lucro empresarial seria sustentado através do que se denomina mais-valia relativa (em oposição à primeira forma, chamada mais-valia absoluta), que consiste em aumentar a produtividade do trabalho, através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico, mas ainda assim não deixa de ser o sistema semi-escravista, pois "o operário cada vez se empobrece mais quando produz mais riquezas", o que faz com que ele "se torne uma mercadoria mais vil do que as mercadorias por ele criadas". Assim, quanto mais o mundo das coisas aumenta de valor, mais o mundo dos homens se desvaloriza. Ocorre então a alienação, já que todo trabalho é alienado, na medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio ao sujeito criador. O raciocínio de Marx é muito simples: ao criar algo fora de si, o operário se nega no objeto criado. É o processo de objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado (porque cria algo alheio ao sujeito criador) permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador. Em outras palavras, a produção representa uma negação, já que o objeto se opõe ao sujeito e o nega na medida em que o pressupõe e até o define. A apropriação do valor incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito-produtor, promove a negação da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a desalienação. Ou seja, a partir do momento que o sujeito-produtor dá valor ao que produziu, ele já não está mais alienado.
CONCEITOS:
CAPITALISMO, SOCIALISMO, COMUNISMO E ANARQUISMO
O CAPITALISMO tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas(do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação").
Com o absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E com as revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), percursor do liberalismo econômico, publica Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações, em que defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.
Deste ponto, para a atual realidade econômica, pequenas mudanças estruturais ocorreram em nosso fúnebre sistema capitalista.
SOCIALISMO - A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogeneidade ao movimento socialista internacional.
Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.
COMUNISMO - As idéias básicas de Karl Marx estão expressas principalmente no livro O Capital e n'O Manifesto Comunista, obra que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única forma de alcançar uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras condições de vida dos trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os trabalhadores das fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar muitas horas sob condições desumanas.
Marx estava convencido que a vitória do comunismo era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à medida que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que conduzem a um estágio superior de desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é o último e mais alto estágio de desenvolvimento.
Para Marx, a chave para a compreensão dos estágios do desenvolvimento é a relação entre as diferentes classes de indivíduos na produção de bens. Afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder econômico e político para impor sua vontade ao povo. Para ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história progride. Marx achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis.
O ANARQUISMO foi a proposta revolucionária internacional mais importante do mundo durante a segunda metade do século XIX e início do século XX, quando foi substituído pelo marxismo (comunismo). Em suma, o anarquismo prega o fim do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que devem ser substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou forças armadas. A sociedade anarquista seria organizada de acordo com a necessidade das comunidades, cujas relações seriam voltadas ao auto-abastecimento sem fins lucrativos e à base de trocas. A doutrina, que teve em Bakunin seu grande expoente teórico, organizou-se primeiramente na Rússia, expandindo-se depois para o resto da Europa e também para os Estados Unidos. O auge de sua propagação deu-se no final do século XIX, quando agregou-se ao movimento sindical, dando origem ao anarco-sindicalismo, que pregava que os sindicatos eram os verdadeiros agentes das transformações sociais. Com o surgimento do marxismo, entretanto, uma proposta revolucionária mais adequada ao quadro social vigente no século XX, o anarquismo entrou em decadência. Sem, contudo, deixar de ter tido sua importância histórica, como no episódio em que os anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti foram executados por assassinato em 1921, nos EUA, mesmo com as inúmeras evidências e testemunhos que provavam sua inocência.
REVISIONISMO
Depois da morte de Marx e Engels, a rápida industrialização da Alemanha e o fortalecimento do partido social-democrata e dos sindicatos melhoraram muito as condições de vida dos trabalhadores alemães, ao mesmo tempo em que ser tornou cada vez mais improvável a esperada crise fatal do regime capitalista. Eduard Bernstein em seu livro Os pressupostos do socialismo e as tarefas da social-democracia, recomendou abandonar utópicas esperanças revolucionárias e contentar-se, realisticamente com o fortalecimento do poder político e econômico das organizações do proletariado, considerando-se que as previsões marxistas de depauperamento progressivo(esgotar as forças de forma a tornar-se muito pobre) das massas não se tinham verificado.
Esse "revisionismo" de Bernstein foi combatido pela ortodoxia marxista, representada por Karl Kautsky. Mas praticamente o revisionismo venceu de tal maneira, que a social-democracia alemã abandonou, enfim, o marxismo.
Ficou isolada a marxista Rosa Luxemburg, que em uma de suas obras adaptou a teoria de Marx às novas condições do imperialismo econômico e político do séc. XX.
NEOMARXISTAS: Fora da Rússia, houve e há várias tentativas de dar ao marxismo outra base filosófica que o materialismo científico do séc. XIX, que já não se afigura bastante sólido a muitos marxistas modernos. Georges Sorel apoiando-se na filosofia do élan vital de Henri Bergson, postulou um movimento antiparlamentar, de violência revolucionária, inspirado pelo "mito" de uma irresistível greve geral.
O MANIFESTO COMUNISTA
O Manifesto Comunista fez a humanidade caminhar. Não em direção ao paraíso, mas na busca (raramente bem sucedida, até agora) da solução de problemas como a miséria e a exploração do trabalho. Rumo à concretização do princípio, teoricamente aceito há 200 anos, diz que "todos os homens são iguais". E sublinhando a novidade que afirmava que os pobres, os pequenos, os explorados também podem ser sujeitos de suas vidas.
Por isso é um documento histórico, testemunho da rebeldia do seres humanos. Seu texto, racional, aqui e ali bombástico e, em diversas passagens irônico, mal esconde essa origem comum com homens e mulheres de outros tempos: o fogo que acendeu a paixão da Liga dos Comunistas, reunida em Londres no ano de 1847, não foi diferente do que incendiou corações e mentes na luta contra a escravidão clássica, contra a servidão medieval, contra o obscurantismo religioso e contra todas as formas de opressão.
A Liga dos Comunistas encomendou a Marx e a Engels a elaboração de um texto que tornasse claros os objetivos dela e sua maneira de ver o mundo. E isto foi feito pelos dois jovens, um de 30 e o outro de 28 anos. Portanto, o Manifesto Comunista é um conjunto afirmativo de idéias, de "verdades" em que os revolucionários da época acreditavam, por conterem, segundo eles, elementos científicos – um tanto economicistas – para a compreensão das transformações sociais. Nesse sentido, o Manifesto é mais um monumento do que um documento... Pétreo, determinante, forte: letras, palavras, e frases que queriam Ter o poder de uma arma para mudar o mundo, colocando no lugar "da velha sociedade burguesa uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada membro é a condição para o desenvolvimento de todos."
O Manifesto tem uma estrutura simples: uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão.
A introdução fala com um certo orgulho, do medo que o comunismo causa nos conservadores. O "fantasma" do comunismo assusta os poderosos e une, em uma "santa aliança", todas as potências da época. É a velha "satanização" do adversário, que está "fora da ordem", do "desobediente". Mas o texto mostra o lado positivo disso: o reconhecimento da força do comunismo. Se assusta tanto, é porque tem alguma presença. Daí a necessidade de expor o modo comunista de ver o mundo e explicar suas finalidades, tão deturpadas por aqueles que o "demonizam".
A parte I, denominada "Burgueses e Proletários", faz um resumo da história da humanidade até os dias de então, quando duas classes sociais antagônicas (as que titulam o capítulo) dominam o cenário.
A grande contribuição deste capítulo talvez seja a descrição das enormes transformações que a burguesia industrial provocava no mundo, representando "na história um papel essencialmente revolucionário".
Com a argúcia de quem manejava com destreza instrumentos de análise socioeconômica muito originais na época, Marx e Engels relatam (com sincera admiração !) o fenômeno da globalização que a burguesia implementava, mundializando o comércio, a navegação, os meios de comunicação.
O Manifesto fala de ontem mas parece dizer de hoje. O desenvolvimento capitalista libera forças produtivas nunca vistas, "mais colossais e variadas que todas as gerações passadas em seu conjunto". O poderio do capital que submete o trabalho é anunciado e nos faz pensar no agora do revigoramento neoliberal: nos últimos 40 anos deste século XX, foram produzidos mais objetos do que em toda a produção econômica anterior, desde os primórdios da humanidade.
A revolução tecnológica e científica a que assistimos, cujos ícones são os computadores e satélites e cujo poder hegemônico é a burguesia, não passa de continuação daquela descrita no Manifesto , que "criou maravilhas maiores que as pirâmides do Egito, que os aquedutos romanos e as catedrais góticas; conduziu expedições maiores que as antigas migrações de povos e cruzadas". Um elogio ao dinamismo da burguesia ?
Impiedoso com os setores médios da sociedade – já minoritários nas formações sociais mais conhecidas da Europa - , o Manifesto chega a ser cruel com os desempregados, os mendigos, os marginalizados, "essa escória das camadas mais baixas da sociedade", que pode ser arrastada por uma revolução proletária mas, por suas condições de vida, está predisposta a "vender-se à reação". Dá a entender que só os operários fabris serão capazes de fazer a revolução.
A relativização do papel dos comunistas junto ao proletariado é o aspecto mais interessante da parte II, intitulada "Proletários e Comunistas".
Depois de quase um século de dogmatismos, partidos únicos e "de vanguarda" portadores de verdade inteira, é saudável ler que "os comunistas não formam um partido à parte, oposto a outros partidos operários, e não têm interesses que os separem do proletariado em geral".
Embora, sem qualquer humildade, o Manifesto atribua aos comunistas mais decisão, avanço, lucidez e liderança do que às outras frações que buscam representar o proletariado, seus objetivos são tidos como comuns: a organização dos proletários para a conquista do poder político e a destruição de supremacia burguesa.
O "fantasma" do comunismo assombrava a Europa e o livro procura contestar, nessa parte, todos os estigmas que as classes poderosas e influentes jogavam sobre ele. Vejamos alguns desses estigmas, bastante atuais, e a resposta do Manifesto:
Os comunistas querem acabar com toda a propriedade, inclusive a pessoal !
Você já deve ter ouvido isso... Em 1989, no Brasil, quando Lula quase chegou lá, seus adversários espalharam o boato de que as famílias de classe média teriam que dividir suas casas com os sem-teto... A bobagem é velha, de 150 anos. Marx e Engels responderam que queriam abolir a propriedade burguesa, capitalista. Para os socialistas, a apropriação pessoal dos frutos do trabalho e aqueles bens indispensáveis à vida humana eram intocáveis. Ao que se sabe, roupas, calçados, moradia não são geradores de lucros para quem os possui... O Manifesto a esse respeito, foi definitivo, apesar de a propaganda anticomunista e burra não ter lhe dado ouvidos: "O comunismo não retira a ninguém o poder de apropriar-se de sua parte dos produtos sociais, tira apenas o poder de escravizar o trabalho de outrem por meio dessa apropriação."
Os comunistas querem acabar com a família e com a educação !
Sempre há alguém pronto para falar do comunista "comedor de criancinha". Ao ouvir isso, não deixe de indagar se uma família pode viver com o salário mínimo, o pai e mão desempregados e uma moradia sem fornecimento de água e sem luz. E se uma criança pode ser educada para a vida numa escola pública abandonada pelo governo, que finge que paga aos professores e funcionários. Na sociedade capitalista a educação é, ela própria, um comércio, uma atividade lucrativa...
Os comunistas querem socializar as mulheres !
Essa fazia parte do catecismo de "satanização" das idéias socialistas. "Para o burguês, sua mulher nada mais é que um instrumento de produção. Ouvindo dizer que os instrumento de produção serão postos em comum, ele conclui naturalmente que haverá comunidade de mulheres. O burguês não desconfia que se trata precisamente de dar à mulher outro papel que o de simples instrumento de produção." É bom lembrar que alguns socialistas, até hoje, não conseguiram aceitar essa nova compreensão da mulher. O machismo nega o marxismo...
A parte III, denominada "Literatura Socialista e Comunista" faz fortes críticas às diferentes correntes socialistas da época.
O Manifesto corta com a afiada faca da ironia três tipos de socialismo da época: o "socialismo reacionário" (subdividido em socialismo feudal, socialismo pequeno-burguês e socialismo alemão, o "socialismo conservador e burguês" e o "socialismo e comunismo crítico-utópico".
Nesse capítulo a obra mostra seu caráter temporal, quase local. Revela sua profunda imersão na efervescência das idéias e combates daquela época, quando a aristocracia, para salvar os dedos já sem seus ricos anéis, condena a burguesia e, numa súbita generosidade, tece loas a um vago socialismo.
A conclusão, "Posição dos Comunistas Diante dos Diferentes Partidos de Oposição" é um relato das táticas adotadas naquele momento pelos comunistas, na França, na Suíça, na Polônia e na Alemanha. Estados Unidos e Rússia, que viviam momentos de alta tensão social e política, não são mencionados, como reconheceu Engels em maio de 1890, ao destacar com sinceridade "o quanto era estreito o terreno de ação do movimento proletário no momento da primeira publicação do Manifesto em fevereiro de 1848".
O Manifesto Comunista como não poderia deixar de ser, termina triunfalista e animando. Não quer espiritualizar e sim emocionar para a luta. Curiosamente, retoma a idéia do "fantasma", ao desejar que "as classes dominantes tremam diante da idéia de uma revolução comunista". Os proletários, que têm um mundo a ganhar com a revolução, também são, afinal, conclamados, na célebre frase, que tantos sonhos, projetos de vida e revoluções sociais já inspirou:
"PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS !"

AO MEU AMOR (Gilmara)

TENHO TUA VIDA EM MIM

DESCOBRI-TE PELOS OLHOS DO MEU CORAÇÃO,
NEM PUDE DIZER NÃO QUANDO SORRIU PRA MIM,
FOI VIVER A MAIOR DE TODAS AS EMOÇÕES,
HOJE AGRADEÇO A DEUS POR TE FAZER ASSIM.


AGORA VIVO E TENHO TUA VIDA EM MIM,
AMO-TE TANTO, ESSE AMOR NÃO TERÁ FIM,
VEJO-ME EM TI COMO O AZUL DO CÉU NO MAR,
COM TANTO AMOR, VEJO O BRILHO EM TEU OLHAR.


QUERO VIVER CONTIGO PARA O AMOR,
DIZER O QUANTO FOI BOM TE ENCONTRAR,
SABER QUE TEM COMEÇO E NUNCA FIM O AMOR,
ENTENDER QUE ÀS VEZES É PRECISO SE RENOVAR.

A LUTA

A LUTA
O que nos leva a buscar os nossos sonhos
É aquela centelha como de um pavio que salta de dentro
É aquilo que nos muda e nos remete pra frente, a fé
Que alimenta a vagarosa e velha alegria, que nos leva ao movimento
Que nos faz voltar e começar do zero, mas radiante na pequena centelha
Que a grandeza da luta nos faz diferentes!
A luta!