quinta-feira, 23 de julho de 2009

ENAMORAR-SE

Enamorar-se é o ser humano em estado de amor.

Namorado não é quem simplesmente dar-se o título, como se namorar fosse à primeira fase após a primeira troca de olhares, e depois simplesmente trocar de fases e receber um título de casal. Namorado é o do primeiro olhar discreto, o é ao noivado, no matrimonio, como amantes, enfim enamorar é fidelidade eterna, pois já se apegou com a alma e não há como desgrudar, e dia a dia só cresce o vínculo do enamorar-se.
Namorado é uma das mais difíceis conquistas. Namorado de verdade é muito raro. Tem que se doar, conhecer o par, sentir as suas necessidades. Quem fica, Paquera, tem caso, só transa, se envolve, mesmo que se apaixone isso o tempo desgasta, não é enamorar-se.
Mas namorado é coisa de alma, não precisa ser galã ou diva, tem que ter compreensão, não precisa ter as coisas para apegar-se, pois apego ao outro é algo que seja verdade, por ser assim hoje é muito raro e difícil.
Quem tem namorado sabe que tem amor, é quem sabe o gosto de enamorar-se.
Namorar não é uma transa sem carinho, não é ficar só por ficar por um momento, quem namora tem alegria de estar não por ficar!
Namorar é pra quem sabe o valor de estar de mãos dadas, da singular flor entregue como amante à moda antiga, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado, é pensar o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Enamorar-se é ter a certeza que vai ver a outra avançando em idade e, ter a certeza que vai continuar sendo louco por ela.
Caso pense em morrer, antes de ver a outra partindo é o amor que permanece na alma que se enamorou ao ponto de não querer ver a partida.
Então muito cuidado! Não permita que as coisas bobas do dia-a-dia te ceguem para o bem bom da vida o AMOR.
♥♥♥♥♥ ♥♥♥♥♥ ♥♥♥♥♥ ♥♥♥♥♥
Escrevi para o dia dos namorados em 2008, para minha Diva Gilmara.

domingo, 19 de julho de 2009

GILMARA MEU AMOR


SER TEU


Tudo que há no meu coração
É o que tenho pra te oferecer
Cada momento que passar
Dure o tempo que durar
Este amor sempre vai crescer




Quer seja aqui ou noutro lugar
Nossa historia não terá limite
Nosso amor não pode mudar
Nosso amor o tempo todo insiste



Ser teu com a força que o amor tem
Teu amor é meu, não é de mais ninguém
Te quero sem impor qualquer limite
Só a amor entende e ao tempo resiste

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O HOMEM É SEMENTE


O MEDIEVAL DO AQUI E DO AGORA
Roberto Boaventura da Silva Sá*

No decorrer da história, é difícil identificar momentos de tranquilidade entre os humanos. Guerras, desigualdades, violência... - tudo produzido por mãos bem visíveis - estão presentes desde idos tempos. Na busca de superar coisas desestabilizadoras do bem-(com)viver, cada época apresenta suas "armas" próprias. Grosso modo, tais armas materializam-se por meio de duas vertentes: ou pela supremacia da racionalidade ou pelos meandros das emoções/sensações.
Quando a racionalidade predomina sobre a dinâmica da vida humana - vista sempre na dimensão social, posto que o humano já nasce para o outro - estudiosos identificam tais momentos como marcados pela influência do antropocentrismo; ou seja, de visão mais humanizada do cotidiano. Já na ocorrência do oposto, é pelo viés das variações místicas que eventuais "respostas" são dadas; aí é a vigência do teocentrismo. Quando é assim, é a vontade de seres superiores (deuses) que prevalece.
A visão antropocêntrica tem coincidido com momentos de grandes avanços científicos, tecnológicos e culturais. Não sem motivos que na virada do século XV para o XVI, na vigência do Renascimento, o Ocidente vivenciou tal perspectiva. Dentre outros gênios, destaco Galileu que, embasado na visão de Copérnico, provou - não sem incomodar - que era o sol o centro do universo, e não a terra. Resultado: foi para os tribunais da Inquisição, por ter contrariado uma lógica que se supunha fosse eterna.
Mas por que estou dizendo isso tudo? Para refletir sobre o que tem predominado hoje. Antes, afirmo que viventes do aqui e do agora, erroneamente, veem-se superiores a quem viveu em épocas passadas. Como o tema de que trato é complexo demais para ser resolvido num espaço de artigo, apenas pontuarei questões que estão me incomodando. Sabendo de antemão que não agradarei a tantos, espero, pelo menos, que alguns compartilhem do mesmo desconforto de que me farto.
De chofre, afirmo: o teocentrismo - à lá Idade Média, ao lado de típica censura da contemporaneidade - tem-se avolumado. Vejamos a mídia. Dos canais abertos de TV, muitos são religiosos. Isso, antes de tudo, ajuda a comprometer a democratização das comunicações, pois reduz a pluralidade das já sofríveis programações das TVs. Nesses canais, as apresentações de cultos são recheadas de teatralizações bizarras: cadeirantes saem pulando; cegos, enxergando; surdos, escutando. Até gay deixa de ser gay! Só não vi ainda transformações à lá o finado Michael Jackson! Enfim, no império do charlatanismo eletrônico, há farsa pra quase todo tipo de "minoria". Quando vejo essas coisas, lamento não ter nascido um pé de ipê amarelo fincado num meio ressequido do cerrado em flor.
Da mídia, adentro, agora, nos corredores das universidades, onde deveriam imperar apenas altas reflexões e grandes debates, advindos do uso extremo da racionalidade. Contudo, a invasão religiosa tem sido constante. A continuar assim, em breve, as universidades poderão voltar a viver o clima dos mosteiros medievais, onde as universidades eram chanceladas pela igreja romana.
Hoje, por todos os cantos, espalham-se convites para encontros com Deus, Budas, Alas e Orixás. Dirão os "politicamente corretos" da pós-modernidade que isso reflete o direito de todos cultuarem o que quiserem. Posso até aceitar o argumento, mas indago: e quando são Coordenações de Cursos que chamam os fiéis para momentos de meditações, visando a encontrar o equilíbrio da existência? Isso também já vale? Aliás, vale dizer que há encontros desses que são realizados com velas espalhadas pelo chão e murmúrios que mais lembram os velhos mantras e outras coisas místicas mais. Os olhos dos participantes, ao invés de bem abertos para o real concreto, estão fechados, vendo apenas o que ordena a imaginação imersa na extrema subjetividade. Flutuações! Aliado a outros e graves problemas, temo que isso já seja mais um ingrediente do começo do fim das universidades.
* Dr. em Jornalismo/USP. É Prof. de Literatura da UFMT
rbventur26@yahoo.com.br


☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻☺☻

Conforme diz Caio:

Não é simplesmente fazer algo errado... simplesmente que não se faça nada... e tudo já está errado... pois o se omitir, já indica quem somos... Somos semeadores sempre...
Nossa existência semeia o tempo todo, seja por palavras, pensamentos, sentimentos, atitudes, juízos, ações ou omissões.
Não há como existir e não semear!
Viver é semear... Quem pensa que pode driblar tal Princípio da Vida, que diz que todo existir produz fruto — bom ou mal; e cada um com suas conseqüências, boas ou más — está brincando.


Enfim! Temos por obrigação fazer algo, no minimo denunciar quem vive como picareta e a enganar quem ainda não criou consciência, para que o nosso protesto ainda que por muitos questionado seja reflexivo e despertem do sono tais consciências. Por isso pedi ao companheiro para poder postar aqui este texto. Não dá para calar diante de tanta podridão sendo semeada.

Sim! somos ARAUTOS. Miranda