segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MINHA ALEGRIA














Minha razão de viver, me tem feliz!
Como poderei te esquecer???

Você chama meu nome sempre que esta ausente
Você é minha alegria estando em qualquer parte,

Quer agora, quer distante...

Eu que te amo posso falar sobre este amor...
Você que quase apalpa esse amor

Sei que sente-se amada

Só não conseguirá mensurar,

Pois medir impossível se fará

Amo-te alegria minha!

O aniversário do meu amor está chegando,
por isso rabisquei e fiz pra ela estes versos
Ela é a minha NAMORADA

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CONSCIÊNCIA NEGRA




Porque tem que ser assim, porque tem que ser decreto?
Só depois de muito rogo a homenagem a Zumbi é notória!
Guerreiro destemido que luta até a morte pra ver o negro liberto
Justa homenagem ao sábio zumbi, dele dependeu essa vitória!

Não quis seu quilombo livre, se o seu povo continuaria escravo
Não queria regalia se a opressão ao negro também o oprimia
Lutaria até a morte, mas não viveria pra fazer nenhum conchavo
Quem pensou que o destruía não sabia que sua memória viveria

Negro é raça e tem que ter disposição!
Não é mito o Brasil é o país da miscigenação!
Quem se acha de outra cor busque a sua origem!
E por fim encontrará no negro a principal personagem!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PORQUE MEDO

Porque ter medo do céu
Se só conheço a terra
Porque ter medo das gentes
Se não quero estar a sós

Porque medo?
Medo até de amar
Medo de viver e sonhar



Medo?
O que é ter medo da guerra
Há outra coisa nessa terra?

Porque medo?
O medo não tem alicerce
O medo não submerge

Ter medo?
O medo é superficial
O medo causa muito mal

O que é medo?
O medo é fruto da confusão
O medo é faltar paz no coração

Definir medo?
Definir o que não existe
Ter medo ainda insiste!

Medo?
Medo é pura fixação
Medo é alma em exaustão

domingo, 15 de novembro de 2009

ATÉ QUANDO...



DOMINADORES E DOMINADOS

Numa sociedade com tanta desigualdade:
A injustiça corre em nossas ruas, becos e vielas em segurança!
Quem nos explora aumenta suas fronteiras...
A força que deveria proteger quem as mantém, destroem-nas!
Quem de fato é grande não ergue a voz nem clama! massa de manobra!
A única voz que brada é a da exploração, e daí... impedir!?
Oprimidos não se irmanam, há muitos que pensam não o ser!
Quando ouvir-se-á as vozes dos dominados? Sim... rugir?!...
Garantiram tal domínio “eterno” aos dominadores?
Terá a revolta batido a porta? E só ouvidos mercadores?
Quem os destronará? Depende de nós?!
Não dá pra se prostrar! Unir aos que lutam e resistir!
Não aceitar a derrota é ser arauto...
Agucemos a consciência indolente e buscar o triunfo!!!


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Disse o MESTRE em Mt. 20
25-Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.

26-Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;

27-E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;

28-Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


SEGREDO OU SILENCIO?

Se acaso te pedisse um segredo
Como faria?
Se dissesse que tudo isso e farsa
Acreditaria?
Que aquilo que ouvimos são tudo maquiados?
Que compramos tais idéias sem ficar desconfiados!

Duas classes bem distintas têm a nossa sociedade!
Há lugares bem díspares e que parece outra cidade!
Explorados não descansam e porque só empobrecem?
Exploradores não produzem ao contrário enriquecem!

Qual a sociedade que estamos construindo?
Até quando deixar está gente nos conduzindo?
Vamos ser arautos e mostrar que temos voz!
Rebelando contra esta corja que só sabe ser algoz!


Nossas construções ao longo do caminho foram diluindo-se,
o que pra todos nós seria referencia é hoje simplesmente o chicote que nos açoita...

Aquele que com esforço e não pouco foi erguido, hoje sobre nós tripudia como que sendo inimigo, diante desse quadro só há uma explicação:

Traição por trazer quieto no peito sua mais profunda ânsia, “o poder” pra espoliar quem o ergueu...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

AO MEU GRANDE AMOR


SER TEU


Tudo que há no meu coração
É o que tenho pra te oferecer
Cada momento que passar
Dure o tempo que durar
Este amor sempre vai crescer

Quer seja aqui ou noutro lugar
Nossa historia não terá limite
Nosso amor não pode mudar
Nosso amor o tempo todo insiste

Ser teu com a força que o amor tem
Teu amor é meu, não é de mais ninguém
Te quero sem impor qualquer limite
Só a amor entende e ao tempo resiste

domingo, 8 de novembro de 2009

CAÇADO COM BOA RAZÃO

Cresci como filho de gente rica.
Meus pais deram-me uma
gravata e me educaram
nos hábitos de ser servido.
Ensinaram-me também a arte de mandar.
Mas quando cresci e olhei em volta
não gostei da gente de minha classe,
nem de mandar nem de ser servido.
E deixei a minha classe,
indo viver com os deserdados.
Deste modo, criaram um traidor.
Ensinaram-lhe as suas artes,
e ele passou
para o lado dos inimigos.
Sim. Eu revelo segredos.
Estou no meio do povo e relato
como eles o enganam.
Prevejo o que virá,
pois estou a par de seus planos.
O latim dos padres venais
traduzo palavra por palavra
na linguagem comum.
Assim todos vêem os seus disparates. Pego
nas mãos a balança da justiça
e mostro os falsos pesos. Os espiões
me delatam, revelando que estou
ao lado das vítimas
quando se dispõem a atacá-las.
Eles me advertiram e me tomaram
o que tinha ganho com meu trabalho.
E como não melhorei,
começaram a caçar-me.
Mas em minha casa só encontraram escritos
que denunciavam seus atentados contra o povo.
Emitiram então contra mim um mandado de prisão,
acusando-me de idéias subversivas,
isto é, da subversão de ter idéias.
Aonde chego sou estigmatizado
pelos proprietários, mas os deserdados
sabem do mandado de prisão e me escondem.
Dizem:
A você eles estão caçando com boas razões.


Bertolt Brecht

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ONDE ESTÁ O TEU DEUS?

O DEUS QUE É DISCRETO, SIMPLES, GENTIL E HUMILDE

O negócio da religião é simples de discernir e difícil dele sair de dentro da gente.

Na religião há uma bandeira, um time e uma torcida para cada uma delas.

Um ser religioso é um ser de rituais e costumes, aliados a um "respeito" a letra morta da escritura --- seja ela qual for:

Cristã, Muçulmana, Budista, etc. --, a quem ele proclama defender.

O Deus da religião tem nome e é carente de adoração via "sacerdotes" em reuniões coletivas.


Já o Deus em quem eu creio é aquele que é O NOME, o Deus que é! O Deus que é discreto, simples, gentil e humilde -- para a surpresa de muitos. Sim, o Deus que não aceita adoração senão a da vida em misericórdia para com o próximo.


Sim, o Deus humilde, pois Ele só se dá a conhecer aos que falam a língua universal do AMOR -- que é a essência dEle mesmo -- e só busca adoradores que o adorem, não em um "lugar", mas, no íntimo do ser, em espírito e em verdade; que o adorem na vida -- mesmo quando escrevem, falam, comem, bebem, e, principalmente, quando se relacionam com outros seres humanos e com o Planeta.


Sim, o Deus humilde que quando vestiu cara de gente, só se fez discernir por quem creu nEle, pois não havia aparência nenhuma exterior de poder ou pompa real.

Quem é da religião (do time, da bandeira e da torcida), de qualquer uma delas, quando vê um hindu amar como Gandhi ou um muçulmano como Yunus, se não for do mesmo time, tende a sentir pena que alguém tão bom possa estar tão enganado.


Quando eu vejo alguém que ama o próximo, independente da etiqueta religiosa ou cultural, eu ligo na hora com os personagens dos evangelhos a quem Jesus elogiou a fé -- a mulher sírio fenícia, o samaritano, o centurião romano, etc. --, e que não eram da "religião" de Jesus... rsrsrs Como se Jesus tivesse "outra religião" que não a do AMOR.


Assim, querido(a), "escritura", para mim, é a história do relacionamento de um povo com Deus. Palavra, é aquela que é impressa na nossa alma, e não em páginas de um livro.É isso que eu discerni. Bento Souto


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A muito leio Bento Souto e tenho o prazer de postar este texto, que é um fato hodierno, não podemos negá-lo. A "igreja" que constantinou-se tem essa imagem, pois se alto proclama e quer ser caminho ao paraíso, mas no máximo ao paraíso-fiscal!

"ALFREDINHO" - MAIS UM DOS ANÔNIMOS DE JESUS

ELE VIVEU ENTRE NÓS Frei Betto


Salão do Sindicato dos Cozinheiros de Paris, início da década de 40. 0 presidente indaga quantos trabalhadores tem um mes de férias por ano. Uns tantos se levantam. Quem tem apenas uma semana de descanso. Uns poucos ficam de pé. Quem só obtém licença do patrão para descansar apenas no fim de semana. Outro punhado de pé. Quem nunca descansa? Um rapaz suíço, com pouco mais de um metro e meio de altura, levanta-se ao fundo. Era Alfredo Kunz, um militante cristão.Meses depois, Alfredinho, como era conhecido, foi mobilizado pelo Exército francês para lutar contra o avanço das tropas de Hitler. Aprisionado, passou a guerra num campo de concentração na Áustria, ao lado de prisioneiros soviéticos. Aprendeu russo para pregar o Evangelho a seus companheiros de infortúnio. Em 1945, logrou fugir do campo, onde morreram cerca de 40 mil pessoas. Estranhou a indiferença dos soldados nazistas que cruzavam com ele, um notório evadido, com uniforme azul e cabeça raspada. Naquele dia, a guerra terminara.Alfredinho tomou três decisões: tornar-se padre, trabalhar com os mais pobres entre os pobres e jamais vestir outra roupa que não reproduzisse o modelo do uniforme do campo, em memória de seus companheiros mortos.Ingressou na congregação dos Filhos da Caridade e, a convite de dom Antônio Fragoso, em 1968 veio para a Diocese de Crateús (CE). Perguntou ao bispo qual era a paróquia mais miserável da diocese. Dom Fragoso apontou Tauá, região de seca e flagelo. Alfredinho instalou-se na capela local. Desprovida de casa paroquial, ele dormia no colchão estendido junto ao altar e cozinhava num fogareiro.Certa noite, foi chamado para atender uma prostituta que, cancerosa, agonizava em seu barraco de taipa, na zona boêmia. Antonieta queria confessar-se. Padre Alfredinho disse a ela: "Somos nós que devemos pedir perdão a você. Perdão pelos pecados de uma sociedade que não Ihe ofereceu outra alternativa de vida. Como Jesus prometeu, Antonieta, você nos precederá no Reino de Deus. Interceda por nós."Após receber a absolvição e a unção dos enfermos, a mulher faleceu. Não havia dinheiro para o caixão. As prostitutas enrolaram a companheira num lençol e arrancaram a porta de madeira do barraco para levar o corpo a vala comum do cemitério. Ao retornar para colocar a porta no lugar, Alfredinho teve uma inspiração. Durante anos, o vigário de Tauá habitou aquele casebre em plena zona boêmia da cidade.Num tempo de seca, os flagelados invadiam as cidades do Ceará. Temerosos, muitos fechavam as portas. Alfredinho criou a campanha da Porta Aberta ao Faminto (PAF), cartaz que cerca de 2 mil fami1ias ostentaram em suas casas, acolhendo as vítimas do descaso do poder público.Fomos amigos e bebi de sua espiritualidade. Barbado, vestido com a roupa azul que lembrava um macacão, sandálias nos pés e mochila nas costas, o aspecto de Alfredinho não diferia do de um mendigo. Convidado a pregar o retiro dos franciscanos, em Campina Grande, chegou de madrugada e dormiu na escada da igreja do convento. Ao acordar, catou as moedas que encontrou em volta e bateu a porta. "Quero falar com o superior", disse ao porteiro. "O superior não pode atender. Está em retiro." Alfredinho tentou esclarecer: "Sim, eu sei, pois vim pregar o retiro." O porteiro já ia expulsá-lo quando Alfredinho foi reconhecido por um frade que passava.Testemunhei fato idêntico em Vitória, nos anos 70. A cozinheira interrompeu meu jantar com dom João Batista da Motta Albuquerque para comunicar: "Um mendigo insiste em falar com o senhor." O arcebispo reagiu: "Diga a ele que espere, minha filha. Vou atende-lo após o jantar." Era o padre Alfredinho, que viera pregar o retiro do clero local.Em 1988, Alfredinho mudou-se para a Favela Lamartine, em Santo André (SP). Passou a viver entre o povo da rua e a dedicar-se a confraria que fundou, a Irmandade do Servo Sofredor (Isso), hoje congregando pessoas consagradas aos mais pobres em dez Estados do Brasil e vários países. Sua trajetória espiritual entre os excluídos está narrada em seus livros, muitos traduzidos no exterior: A sombra do Nabucodonosor, A Ovelha de Urias, A Burrinha de Balaão, A Espada de Gedeão e O Cobrador.No domingo, 13 de agosto, Alfredinho transvivenciou, acolhido por Aquele que era o seu caso de Amor. Deixou como herança o testemunho de que uma Igreja afastada do pobre é uma Igreja de costas para Jesus..
Frei Betto, escritor, é autor do romance sobre exclusão social Hotel Brasil (Ática), entre outros livros
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Por isso amo este texto de MATEUS 25, que não valoriza instituição e sim aquele que com coração pré-disposto faz, sem buscar ser visto, sem buscar qualquer retorno. Quem faz, porque tem que ser feito é desafectado conforme mostra o texto, simplesmente faz, pois se não fizer não vive em paz, e ao fazer faz com amor.

34-Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35-Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;

36-Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

37-Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?

38-E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?

39-E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

40-E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.