Lamentavelmente
se tornou comum os pastores cobrarem para pregar o Evangelho da
Salvação Eterna. Infelizmente sei de casos de pastores cobrando até R$
15 mil para "ministrar" numa conferência. Além disso, muitos destes
exigem hotel 5 estrelas, cardápio variado, carro do ano a disposição e
segurança full time.
Pois é, definitivamente a pregação do Evangelho tornou-se um grande bussiness onde o mais importante é fechar bons negócios.
Caro
leitor, eu sou absolutamente contra aqueles que cobram para pregar.
Jesus nunca cobrou para anunciar a salvação, como também nenhum dos
apóstolos estabeleceram cachê para anunciar Cristo. Paulo, apesar de
ter experimentado em seus ministério necessidades que envolvem a obra
missionária, nunca exigiu que a igreja lhe enviasse ofertas, antes
recebia de bom grado e com ações de graças aquilo que lhe era enviado. A
verdade é que nenhum dos apóstolos do Senhor jamais estipularam uma
quantia para pregar a palavra de Deus em alguma cidade.
Agora em contrapartida,
existem igrejas que tratam o obreiro com enorme descaso. Há pouco soube
de um fato escabroso. Uma proeminente comunidade cristã convidou um
pastor para pregar em uma conferência. O pastor convidado era de um
estado diferente da igreja, o que exigiu com que a viagem acontecesse no
seu próprio carro. Durante três dias o pastor pregou intermitentemente
o Evangelho. Ao final do congresso, os seus anfitriões, lhe estenderam a
mão agradecendo a sua vinda sem contudo lhe dar uma oferta sequer, isso
sem dizer que os hospedeiros tiveram a cara de pau de não pagar as
despesas relacionadas a viagem do seu convidado.
Um amigo meu, líder de uma
grande missão brasileira relata que não são poucas as vezes, que recebe
de oferta R$ 50,00. Ele conta, que volta e meia viaja horas de carro,
ônibus ou avião, se ausentando da igreja a qual é pastor, deixando em
casa mulher e filhos, e que ao final da conferência recebe no máximo
100 pratas de oferta.
Prezado amigo, vamos combinar
uma coisa? Sou absolutamente contra quem cobra para pregar o Evangelho,
entretanto, não concordo com aqueles que agem com descaso não horando
com dignidade os seus convidados. Há pouco, soube de um relato de um
pastor que foi convidado para ser preletor de uma grande conferência,
não é que a igreja que o convidou queria cobrar dele a inscrição no
congresso? Veja bem, ele seria o preletor, e ainda assim queriam que ele
pagasse a inscrição, mesmo porque, ele iria comer no local. Ora, isso é
um deboche!
Pois é, bom senso nessas horas é
fundamental. Sem sombra de dúvidas o pastor não deve cobrar para
pregar, mas em contrapartida a igreja deve tratar seus convidados com
decência e dignidade. Tirar o pastor de sua igreja e família e lhe dar
"esmolas" ao final do culto afronta os ensinos bíblicos.
Diante disto minha sugestão é
que a igreja pense duas vezes em convidar alguém para pregar. Se ela não
tem condições de arcar com as despesas relacionadas a hospedagem,
transporte e oferta, é melhor não convidar. Se não possui condições de
cobrir as despesas mínimas, não convide ninguém, se organize, se
capitalize, e no tempo certo convide alguém para pregar.
Pense nisso!
Renato Vargens
Nenhum comentário:
Postar um comentário